Bolsonaro recomeça ataques as urnas
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar o sistema eleitoral brasileiro. Na transmissão ao vivo feita pelo chefe do Executivo na 4ª feira (5.out.2022), comparou a apuração deste ano com a de 2014, quando o deputado Aécio Neves (PSDB) perdeu para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na corrida ao Planalto.
No domingo (2.out), Bolsonaro passou para o 2º turno com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A diferença entre ambos foi de 5,23 pontos percentuais, com um placar de 48,43% X 43,20% para o candidato petista.
No 2º turno de 2014, a diferença foi ainda menor, de 3,28 p.p. Dilma teve 51,64% ante 48,36% de Aécio. Naquela época, Bolsonaro também questionou a celeridade do processo.
“Tivemos apurações, alguns problemas apareceram, passei para a frente esses problemas. Até o gráfico da evolução, que foi feito aqui levando-se em conta cada percentual de voto que era computado, criou uma figura geográfica uniforme, né? Bem típica de algoritmos. Muito parecida com aquela do turno de 2014 com Aécio Neves”, disse Bolsonaro na live de 4ª feira (5.out).
O PSDB auditou as urnas naquele ano e não identificou fraudes. O próprio Aécio reconheceu a derrota.
O 2º turno de 2014 começou com o tucano vencedor e depois o placar se inverteu e a petista passou à frente. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o movimento durante a apuração se deve a localidade onde as urnas são apuradas. Aécio venceu no Sul e no Sudeste, onde a contagem foi iniciada.
O mesmo ocorreu com Lula e Bolsonaro. O atual presidente começou a apuração na frente do petista. Depois, Lula passou na frente. Em 2022, as primeiras urnas apuradas estavam no Centro-Oeste, onde Bolsonaro foi o ganhador.
Quando foram divulgados os resultados do 1º turno no domingo (2.out), Bolsonaro comemorou a vitória de aliados e criticou empresas de pesquisas porque pontuou mais do era previsto.
O candidato à reeleição, porém, não levantou suspeitas sobre as urnas. Disse somente que aguarda um relatório que será feito pelas Forças Armadas. Representantes do grupo integram a comissão de transparência eleitoral do TSE.