Eleição no Brasil terá efeitos globais
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Jornais dos Estados Unidos, Reino Unido, Argentina, Portugal e França repercutiram nos últimos dias as expectativas para o segundo turno das eleições presidenciais, neste domingo.
O The New York Times classificou a corrida eleitoral entre Bolsonaro e Lula como uma “disputa de pesos pesados que pode ter repercussão global”. Para o jornal, é uma encruzilhada entre políticos brasileiros que representam visões distintas para o país.
A reportagem destaca o possível impacto do resultado das eleições para o destino da Amazônia. Segundo a publicação, Bolsonaro destruiu as agências responsáveis pela proteção da floresta, enquanto seu adversário prometeu investir na preservação da região.
O britânico The Guardian também ressaltou os impactos da eleição, classificada como a mais importante desde o final da didatura, no meio ambiente. O jornal chamou o encontro entre os dois adversários no debate transmitido pela TV Globo nesta sexta-feira de “mal humorado”, lembrando as ofensas trocadas entre os candidatos.
“Eleições no Brasil: Bolsonaro e Lula vão a votação histórica com resultado incerto”, escreveu o jornal argentino Clárin. A reportagem chama atenção ainda para a fala de Bolsonaro, após o debate da TV Globo, na qual afirmou que respeitaria o resultado das urnas.
“Um fim de campanha elétrico entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva”, destacou o jornal francês Le Monde. Para o veículo, o Brasil é, no momento, um país “ultrapolarizado e tenso”, com um baixo número de eleitores indecisos. Já a revista francesa L’Obs se referiu a disputa presidencial como ‘Brasil contra Brasil’, destacando as acusações mútuas e as fake news que circularam ao longo do período eleitoral.
De Portugal, o jornal Público publicou a seguinte reportagem: “Nas eleições presidenciais brasileiras, a vitória será do menos odiado”. O veículo português classificou as eleições de 2022 como as mais importantes da história nacional desde a redemocratização. Nas urnas, contrapõem-se “duas visões amplamente opostas, não apenas de país, mas de sociedade”, diz o jornal.