Lula explica chororô de Bolsonaro
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira que seu concorrente ao Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL), está “ciente que vai perder as eleições” no próximo domingo. Em sabatina ao Correio Braziliense, à Clube FM e à TV Brasília, Lula classificou como “choro” ação da campanha adversária contestando as inserções de campanha em rádios no Nordeste — região em que o petista lidera com folga a corrida presidencial.
— Nós ainda temos que disputar (o voto de) algumas pessoas que estão indecisas e pessoas que votaram nulo e branco no primeiro turno, mas é o direito que ele tem de chorar, espernear, de quem sabe que vai perder as eleições. O Bolsonaro está ciente que vai perder as eleições. Ele estuda pesquisa, encomenda pesquisa e ele sabe que vai perder — disse Lula.
Lula criticou a política externa de Bolsonaro, disse que o país está isolado e afirmou que o presidente é o “único contencioso” do Brasil. Ele disse que, se eleito, irá “imediatamente” procurar grandes parceiros comerciais do país para conversar e “reestabelecer” relações diplomáticas.
— Eu vou imediatamente fazer reunião com a União Europeia, com os Estados Unidos, com a China, com os países da América do Sul. Porque não é possível a gente viver num país em que o presidente não conversa com ninguém. Nem ninguém convida ele para viajar, nem ninguém quer vir aqui para o Brasil. O Brasil está isolado. Um país que não tem contencioso internacional com ninguém. O único contencioso é o Bolsonaro falando bobagem com outros países vizinhos, coisa que não é papel do presidente — disse.
Durante a entrevista, Lula voltou a ser questionado sobre o perfil do seu ministro da Economia. Sem citar nomes, o ex-presidente afirmou que o cargo será ocupado por alguém que tem responsabilidade fiscal com as contas públicas mas acima de tudo, compromisso social. Em referência ao teto de gastos, Lula afirmou que toda vez que se pensar em “segurar o dinheiro” é preciso lembrar que “tem gente passando fome” e citou que é preciso fazer “uma política quase que de guerra” para reconstruir o país:
— É preciso que haja uma política quase que de guerra, uma política que envolva toda a sociedade para a gente poder recuperar esse país e fazer as pessoas voltarem a acreditar.