Onyx usa homofobia contra Leite no RS

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Foto: O Globo

Desde que o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS) disse no programa eleitoral do dia 13 de outubro que, caso seja eleito, o Rio Grande do Sul terá uma “primeira-dama de verdade” e foi acusado de tentar atacar o seu adversário Eduardo Leite (PSDB), a homofobia tem estado na pauta das discussões políticas durante a campanha ao governo do estado, no segundo turno. Segundo levantamento da consultoria Bites, feito com exclusividade para o jornal O Globo, foram mais de 21,8 mil menções sobre o tema no Twitter do dia 3 a 25 de outubro.

Na web, internautas associam, inclusive, o uso excessivo da mulher, a personal trainer Denise Verbling, nas peças do candidato do partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) como uma forma de tentar constranger Leite, declaradamente homossexual e em um relacionamento com o médico Thalis Bolzan.

As menções ligadas a homofobia na campanha do Rio Grande do Sul no Twitter — Foto: Reprodução/ Bites

O aspecto mais forte demonstrado nas redes é a rejeição à homofobia de Onyx. Em um tuíte, um internauta relembra o episódio do dia 13 e pede votos para Leite. O ex-deputado federal Jean Wyllys apontou o episódio em que o candidato não quis apertar a mão do tucano como outro ponto de preconceito.

“Sei não… Mas essa recusa de Onyx Lorenzoni (“nome de chuveiro”) à civilidade também me cheira a homofobia oportunista por parte dele. Chego até ter pena de Leite. Sei que este é um equivocado, mas, comparado a Onyx, é melhor candidato em todos os sentidos. Espero que vença”. escreveu.

 

Do lado dos apoiadores de Onyx, há a tentativa de mostrar que não há homofobia na campanha. Entre eles, o tuíte com mais compartilhamentos diz que Eduardo Leite não tem condições de ganhar a eleição e, por isso, teria “sacado a carta da homofobia”. “O problema não é o que ele faz na cama e sim o que fez no gabinete como governador”, defendeu uma internauta.

Há também os casos de apoiadores que defenderam a fala: “está certíssimo, primeira-dama sempre será mulher”, disse um.

 

 

Um vídeo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também foi resgatado pelos bolsonaristas. Em 2000, em uma visita a Pelotas, ele chamou a cidade de “pólo exportador de veados”. À época, o PT afirmou que se tratava de uma brincadeira com a alcunha de um candidato a vereador, que se intitulava “Capitão Gay’. O contra-argumento dos eleitores de Bolsonaro é de que o real homofóbico seria Lula e não Onyx.

 

Em vídeo, o influenciador Maurício Costa, que foi processado por Leite, tenta veicular novamente a imagem do tucano ao evento.

 

Do outro lado, apoiadores do presidente Lula criticaram o tucano por ser da comunidade LGBTQIAP+ e não ter declarado voto no petista. “Adianta nada ser gay e não demonstrar um pingo de empatia pelos seus pares”, disse o influenciador Alexandre.

O Globo