Confira as equipes de transição de Lula e Bolsonaro
Foto: Eraldo Press/AP
Iniciado na última quinta-feira, 3, o processo de transição do governo de Jair Bolsonaro (PL) para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) envolve membros das equipes de ambos os lados. Do lado do petista, quem coordena é o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB); do lado do chefe do Executivo, esse papel ficou a cargo do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressista).
O processo começou formalmente após Bolsonaro ir a público e não contestar o resultado das eleições, na semana passada. Após um breve pronunciamento do chefe do Executivo, Ciro Nogueira falou com jornalistas e afirmou que já estava em contato com a equipe do petista para dar início à transição.
É senador licenciado pelo Piauí e presidente nacional do Progressista. Sua nomeação para a Casa Civil, em 2021, marcou em definitivo o casamento do presidente Bolsonaro com o Centrão, bloco político ao qual ele havia prometido não se aliar. No chamado ‘coração do governo’, sua função é comandar a articulação política do Executivo. Antes, foi apoiador de Lula e, na campanha de 2018, chegou a gravar um vídeo pedindo votos para o ex-presidente, antes de o petista ter sua candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Luiz Eduardo Ramos é chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Antes, foi ministro da Casa Civil, tendo assumido o posto em abril de 2021. Sua presença no alto escalão do governo notabiliza a importância dada por Bolsonaro a indicações de militares, sobretudo na primeira metade de seu mandato. Ramos é membro do Exército há 46 anos. Foi promovido a general em 2017.
É ministro das Comunicações desde 2020 e deputado federal licenciado pelo Rio Grande do Norte. Tem graduação em Administração de Empresas. Recentemente, auxiliou o presidente Bolsonaro na investida contra rádios que teriam deixado de reproduzir a propaganda eleitoral do então candidato à reeleição. Depois, recuou e abandonou essa narrativa. Faria integrou um núcleo próximo de assessores do presidente na campanha.
Eleito vice-presidente da República na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin era um adversário histórico do petista. Disputou o segundo turno da eleição presidencial contra Lula em 2006 e saiu derrotado. Em 2018, disputou novamente a Presidência e terminou em quarto lugar, com cerca de 5% dos votos. Foi governador de São Paulo de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018.
Foi senador entre 2003 e 2010. Assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia entre 2011 e 2012, no governo de Dilma Rousseff, e a Educação entre 2015 e 2016. É formado em Economia pela Universidade de São Paulo e lecionou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente, preside a Fundação Perseu Abramo.
Foi senador pelo Piauí entre 2011 e 2019. Governou o Estado por quatro mandatos, de 2003 a 2010 e de 2014 a 2022. É filiado ao PT desde 1985. É o negociador do Orçamento de 2023 pelo lado do presidente eleito, e já sinalizou a necessidade de aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para garantir a continuidade do Auxílio Brasil com o valor de R$ 600. Dias é cotado para o cargo de ministro da Fazenda ou da Casa Civil no próximo governo.
É a presidente nacional do PT. Advogada por formação, foi senadora pelo Paraná entre 2011 e 2019. Atualmente, é deputada federal.