Dispara venda de livros sobre política no país
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Desde o início da corrida eleitoral no Brasil, a venda de livros de não-ficção que tratam sobre temas políticos vem crescendo a todo vapor no país. Com o desfecho em 30 de outubro, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tal tendência ficou ainda mais evidente. A lista dos livros mais vendidos no país publicada por VEJA na edição desta sexta-feira, 11 de novembro, revela títulos representativos de visões de uma ponta à outra do espectro político. São obras ligadas tanto ao pensamento da direta, quanto ao da esquerda – reflexo da polarização que tomou o país.
Na liderança da lista de não ficção está o livro Lula, Volume 1, biografia do presidente eleito escrita por Fernando Morais. Além de livros como o best seller Como As Democracias Morrem, de Daniel Ziblatt e Steven Levitsky, que já figura na lista há 53 semanas (não consecutivas), há estreantes curiosos no ranking: na sexta posição, o histórico Manifesto do Partido Comunista de Friedrich Engels e Karl Marx é símbolo da esquerda. Do outro lado, a direita questiona esses princípios com livros como A Lei: Por Que a Esquerda Não Funciona, de Frederic Bastiat, e O Foro de São Paulo: A Ascensão do Comunismo Latino-Americano, de Olavo de Carvalho. Morto em janeiro deste ano, o autor é considerado uma espécie de guru do bolsonarismo.
Também são destaques de vendas os livros China: O Socialismo do Século XXI, de Elias Jabbour e Alberto Gabriele, que analisa o sistema e o estrondoso crescimento econômico do país asiático comandado pelo Partido Comunista Chinês; e o clássico O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. Publicada no século XVI, a obra versa sobre a conduta do governante e o funcionamento do Estado, e recomenda sobretudo que haja separação entre a moral privada do cidadão e a maneira como o líder atua. Confira a lista completa dos livros mais vendidos.