Golpistas aumentam contingente fechando rua da Alesp
Foto: Felipe Rau/Estadão
O feriado em comemoração à Proclamação da República, nesta terça-feira, 15, fez com que aumentasse o número de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que protestam contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Avenida Srg. Mario Kozel Filho, entre o prédio da Assembleia Legislativa de São Paulo e o Comando Militar do Sudeste (CMSE), na capital paulista.
Os manifestantes ocupam o local desde a divulgação do resultado do segundo turno da eleição presidencial. O fluxo varia conforme o dia e o horário e cresceu nesta terça-feira, devido ao feriado. São, nesta manhã, cerca de 400 pessoas. “Nação brasileira implora por socorro. SOS Forças Armadas” diz uma das faixas, enquanto manifestantes gritam “SOS Forças Armadas”.
Apoiadores de Bolsonaro dizem não reconhecer o resultado das urnas. Muitos alegam fraude eleitoral e pedem intervenção militar. Após Bolsonaro publicar um vídeo em que pedia a desobstrução de estradas na semana retrasada, apoiadores tomaram o discurso como um pedido para trocar as rodovias pela porta dos quartéis.
No Rio, os manifestantes estão reunidos em frente ao Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste (CML), responsável pelo Exército Brasileiro no Rio, Minas Gerais e Espírito Santo, na Avenida Presidente Vargas, no Centro da cidade.
Em Brasília, o governo do Distrito Federal impediu o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios e mantém bloqueado o acesso de pedestres à Praça dos Três Poderes, onde fica a sede do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte é o principal alvo dos ataques de manifestantes bolsonaristas. Assim, evita que caminhões que estão estacionados ao lado do Quartel General do Exército consigam se deslocar para as imediações do STF.