Irrelevâncias mancham relatório militar sobre urnas

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Foto: O Globo

No relatório entregue ao TSE nesta quarta-feira sobre a “fiscalização do sistema eletrônico de votação”, os técnicos do Ministério da Defesa constataram “a conformidade entre os boletins de urnas impresso e os dados disponibilizados pelo tribunal”, mas apontaram “duas inconsistências” nas urnas eletrônicas durante as eleições. Em resumo, não foi constatada qualquer fraude.

A primeira inconsistência, segundo os militares, é que “foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo”.

Segundo o documento, “com os testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”.

O Ministério da Defesa pediu ao TSE uma investigação técnica “para melhor conhecimento do ocorrido na compilação do código-fonte e de seus possíveis efeitos; e para promover a análise minuciosa dos códigos binários que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas”.

O ponto mais importante é (e nunca é demais repetir): não foi observada fraude alguma. As “inconsistências” anotadas são um nada surpreendente afago da Defesa às desconfianças que Jair Bolsonaro desde sempre invocou em relação às urnas eletrônicas.

O Globo