Lira está tentando seduzir Lula

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

De olho em sua reeleição para a presidência da Câmara em 2023, Arthur Lira (PP-AL) tem feito uma série de gestos de “boa vontade” com partidos de esquerda desde a vitória de Lula nas urnas.

O esforço é reconhecido nos bastidores por aliados do petista. O maior gesto, dizem, foi Lira ter sido um dos primeiros chefes de poder a reconhecer o resultado das eleições presidenciais.

Os acenos não pararam por aí. Segundo lideranças da esquerda na Câmara, Lira também se comprometeu em não pautar, até o próximo ano, projetos incômodos ao futuro governo.

Um dos exemplos citados é um projeto que altera as regras de direitos autorais para isentar os pagamentos em caso de execuções de obras musicais em eventos do poder público e entidades filantrópicas.

A proposta, que irrita o setor artístico, um dos principais aliados do presidente eleito, constou na pauta de votações do plenário da Câmara desta semana. Lira, porém, se comprometeu a não votar.

Outro gesto do presidente da Câmara à oposição foi a instalação, na última quarta-feira (23/11), da comissão especial que analisará o mérito da PEC que trata do custeio do piso nacional da enfermagem.

Pelas contas de parlamentares da atual oposição (e futura base de Lula), a proposta poderá ser votada ainda neste ano no plenário da Câmara, caso comece a tramitar nos próximos dias na comissão.

Metrópoles