Campo de Lula cogita tentar rifar Lira

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Foto: Evaristo Sá-12.dez.2022/AFP

A derrota política imposta a Arthur Lira (PP-AL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) estimulou aliados de Lula (PT) que fazem oposição ao presidente da Câmara dos Deputados a articular uma candidatura que consiga derrotá-lo na campanha pela reeleição ao cargo. Ela está marcada para fevereiro.

A oposição a Lira foi esvaziada logo depois da eleição de Lula, já que o PT decidiu apoiar a reeleição dele para o comando da Câmara dos Deputados em troca da aprovação da PEC da Transição. Ela liberará uma série de gastos acima do teto, permitindo que o presidente eleito cumpra parte de suas promessas eleitorais.

A decisão do STF de permitir que o Bolsa Família seja excluído do teto, seguida da que afirmou que o orçamento secreto é inconstitucional, no entanto, esvaziou o poder de Lira. E agora seus opositores decidiram partir para o contra-ataque, mesmo sem o aval de Lula.

Entre os nomes ventilados para a disputa estão os de Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL), por exemplo, e também o de Luciano Bivar, que preside o União Brasil.

Já no domingo (18), depois da decisão do ministro Gilmar Mendes sobre o Bolsa Família, Lira demonstrava tensão, telefonando para parlamentares do PT para tentar entender o que aconteceu.

Mendes decidiu sobre ação apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Embora pública, a iniciativa do parlamentar não foi divulgada, e o desenlace pegou Lira de surpresa.

Nos telefonemas aos petistas, ele manifestava a desconfiança de que a equipe de Lula já sabia dos movimentos de Randolfe, e que até mesmo tinha apoiado o senador.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do estado, David Uip, receberam convidados como a diretora da Faculdade de Medicina da USP, Eloisa Bonfá, e a presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Liedi Bernucci, para o pré-lançamento do documentário “Nós Contra o Vírus”.

O evento foi realizado no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, na semana passada. A obra tem direção de Marcelo Poli e conta como o Centro de Contingência de São Paulo enfrentou a pandemia de Covid-19 —o estado foi o primeiro do país a aplicar uma dose da vacina contra o vírus.

Folha