Acampados em quartéis são parentes de militares
Foto: AFP
Talvez a principal razão pela qual o Exército não retirou na semana passada os bolsonaristas da frente dos QGs e guarnições militares pelo Brasil afora, como queriam Lula e o ministro da Justiça, Flávio Dino, de acordo com um ministro familiarizado com o tema, é a seguinte: boa parte dos radicais que estavam ali acampados, ou que passavam os dias lá, era composta de militares reformados e familiares de militares da ativa.
Ou seja, o Exército agiu de modo corporativo. Não queria tomar qualquer atitude contra pessoas que, de algum modo, lhe são próximas.
Apesar disso, o Exército foi se convencendo nos últimos dias que os bolsonaristas teriam que ser retirados. Não todos de uma vez, mas progressivamente.
O evento golpista de ontem talvez faça o governo e os militares se convencerem que tolerar esses golpistas diante dos quartéis é inaceitável.
É urgente que sejam retirados das portas dos quartéis.