Acampamentos entram na mira do STF após ataque
Foto: Igo Estrela/Metrópoles
Além de determinar o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes adotou uma série de outras medidas para tentar conter a atuação de grupos extremistas no país. A primeira delas é a “desocupação e dissolução total”, em 24 horas, de todos os acampamentos montados em frente a quartéis generais (QGs)do Exército em diferentes capitais.
Na decisão, ele também determinou a prisão em flagrante de todos os participantes desses movimentos, pela prática de diversos crimes como terrorismo, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.
“A operação deverá ser realizada pelas Polícias Militares dos Estados e DF, com apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário, devendo o Governador do Estado e DF ser intimado para efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal”, escreveu.
Moraes também intimou o ministro da Defesa, José Múcio, para que ele determine aos militares “todo o apoio necessário às Forças de Segurança”.
O ministro também proibiu a entrada, até o dia 31 de janeiro, de ônibus e caminhões com manifestantes no Distrito Federal. Além disso, mandou apreender 87 ônibus já identificados pela Polícia Federal, que, segundo ele, “trouxeram os terroristas” para a capital federal.
Ele também determinou que a Polícia Federal obtenha todas as imagens das câmeras do Distrito Federal que “possam auxiliar no reconhecimento facial dos terroristas que praticaram os atos do dia 8 de janeiro”, além da lista de hóspedes que chegaram ao Distrito Federal a partir da última quinta-feira. Moraes também quer usar os bancos de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por ele, para a identificação dos golpistas.
Em outra frente, Moraes determinou o bloqueio de 18 perfis no Facebook, Twitter, Instagram e Tik Tok.