Boné demonizado por bolsonaristas brilha na Posse

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Foto: Reprodução

O boné com a sigla “CPX” que viralizou durante a campanha presidencial marcou presença na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo, em Brasília. Nas solenidades, apoiadores do petista vestiram o adereço: o fundador do Vozes da Comunidade, Rene Silva, aparece com o acessório ao lado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no jantar no Palácio do Itamaraty. Militantes também vestiram o acessório na Esplanada dos Ministérios.

No feriado do dia 12 de outubro deste ano, o petista fez uma visita ao Complexo do Alemão em que usou o boné cuja sigla significa “complexo de favelas” e é usada pelos moradores da região. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilharam a informação falsa de que a abreviação seria usada apenas por membros de facções criminosas.

A acusação repercutiu negativamente para a campanha de Bolsonaro que, no debate realizado pela Globo antes do segundo turno das eleições, afirmou que seu adversário teria ido se encontrar com criminosos na comunidade. No Twitter, a tag “Favelado não é bandido” se tornou um dos assuntos mais comentados.

No Festival do Futuro, a cantora Valesca Popozuda também usou o adereço no palco e ainda cantou o “Funk do Lula”, que fez em 2008 para o petista, cuja letra fala sobre o Complexo do Alemão.

“Conheci o Lula no Complexo do Alemão

E ele não tirou o olho do meu popozão

Com todo respeito, senhor presidente

Você gostou de mim, e o seu olhar não mente

Mas, senhor presidente, o meu papo é outro

Sou popozuda e represento a voz do morro

O Lula é do povo, escuta o que ele diz

A favela tem muita gente, que só quer é ser feliz”, diz trecho

 

O Globo