Comandantes das Forças Armadas pedem que Lula esqueça os golpistas
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O ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica usarão a reunião com Lula, na sexta-feira, para tentar mudar a pauta que vem marcando a relação do presidente com os militares: os atos golpistas de 8 de janeiro. A ação está em sintonia com o desejo do presidente, que tem enfatizado a aliados que quer “começar a governar” e deixar a crise para trás.
A ideia é que a agenda tenha como tema central projetos e investimentos demandados pelas Forças Armadas, como a retomada de contratos para fornecimento de novos equipamentos.
A previsão inicial era que essa reunião acontecesse no próximo mês, mas, após os atos terroristas em Brasília, o ministro Múcio articulou um adiantamento da agenda para que a relação de Lula com as Forças Armadas inclua outro tema além do golpismo.
No último encontro que o presidente teve com os comandantes das três forças, um dia após a invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, os militares falaram pouco e ouviram muitas reclamações de Lula sobre a atuação das Forças Armadas no episódio.
Nos dias que se seguiram, o presidente aumentou o tom e disse que houve conivência de “muita gente das Forças Armadas” durante invasão e relembrou que elas não são um “poder moderador”. A ideia é que agora os comandantes da Forças falem mais
Na reunião que os comandantes das Forças tiveram com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, na terça, os atos golpistas não foram tema. Hoje o Exército, a Marinha e a Aeronáutica entregarão a Rui Costa um plano com seus projetos prioritários que será repassado a Lula.