Dono do partido de Bolsonaro está paranóico
Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles
O temor de grampo por parte da Polícia Federal também levou o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e parlamentares bolsonaristas a serem mais comedidos ao usar o celular.
Valdemar e bolsonaristas têm evitado conversar sobre temas delicados por telefone ou mensagem de texto. A preferência tem sido sempre por debater esses assuntos em reuniões presenciais.
Em conversas reservadas, bolsonaristas dizem que o temor de grampo sempre existiu, mas se intensificou após a “superquebra” de sigilo ordenada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Conforme revelou o colunista Rodrigo Rangel, ao autorizar a quebra de sigilo de oito bolsonaristas, Moraes ampliou a decisão e permitiu que fossem quebrados sigilos de todos que mantivessem contatos com esses investigados.
“Valdemar não é investigado, mas você sabe que quem fala com investigado cai no grampo”, comentou um aliado próximo do presidente do PL.
Por conta desse temor, Valdemar vem evitando tratar temas sensíveis com Jair Bolsonaro por celular. As trocas de mensagens entre eles via aplicativos têm se restringido a temas de ordem pessoal.
O próprio ex-presidente da República também mudou os hábitos por temer estar sendo grampeado. Além de trocar o número de seu telefone, reduziu a quantidade de ligações e mensagens trocadas por aplicativos.