Ministro das Comunicações paralisa privataria dos Correios

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Foto: Reprodução

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), afirmou nesta segunda-feira (2) que a pasta que chefia terá como meta a recuperação da imagem e da credibilidade dos Correios.

Ele discursou horas depois da publicação, no “Diário Oficial da União”, de um despacho do presidente Lula que retirou a estatal e outras sete empresas da lista de privatizações do governo.

Juscelino Filho já havia sido empossado pelo presidente Lula neste domingo (1º), no Palácio do Planalto. Ele foi apresentado como titular das Comunicações em cerimônia na sede do ministério em Brasília nesta segunda-feira.

Não houve a tradicional transmissão de cargo. Ex-ministro das Comunicações do governo Jair Bolsonaro, Fábio Faria (PP) foi exonerado da função em 21 de dezembro do ano passado, após pedir demissão.

“Decidida e anunciada pelo presidente Lula, a retirada dos Correios do Plano Nacional de Desestatização, a intenção e a meta é reforçar o papel da empresa na oferta de cidadania, como parceira dos programas sociais destinados à população carente e das regiões mais distantes através de sua incomparável capilaridade., afirmou Juscelino durante discurso.
Os Correios ficam na estrutura do Ministério das Comunicações. A equipe de Lula já havia se posicionado, durante a transição governamental, contra a privatização dos Correios – medida que era defendida pelo governo Jair Bolsonaro.

Um projeto para viabilizar a venda da empresa chegou a ser aprovado pela Câmara, mas não avançou no Senado.

Ainda sobre os Correios, o ministro defendeu maior investimento da União no fortalecimento da empresa.

“Aumentar os investimentos de modernização e desencadear agressivo aporte e atualização do parque tecnológico e dos insumos logísticos para seguir recuperando a imagem e a credibilidade dos serviços postais”, disse.

O ministro também disse que estará entre as prioridades da gestão a ampliação do acesso à população à internet, com o fomento à inclusão digital.

“Eu vou trabalhar incansavelmente para ter políticas públicas que tragam dignidade aos brasileiros”, afirmou.

“Na telefonia, a atenção central é o 5G, sobretudo o alcance territorial”, acrescentou.

Juscelino Filho disse ainda que a estatal Telebras, que também está na estrutura do Ministério das Comunicações, terá papel fundamental para levar internet via satélite a regiões distantes do país.

A escolha de Juscelino Filho é parte de uma estratégia de Lula para incluir o União Brasil na sua base de sustentação no Congresso Nacional.

Presidente do partido, o deputado Luciano Bivar (União-PE) compareceu ao evento no Ministério das Comunicações.

Com essa e outras indicações, o governo espera ter a chamada governabilidade, ou seja, votos no Congresso para conseguir aprovar projetos de seu interesse.

O ministério comandado por Juscelino Filho responde pela política de telecomunicações, radiodifusão e serviços postais.

A pasta perdeu a Secretaria de Comunicação Social (Secom), que voltará a ter status de ministério. A Secom deve ficar com a Empresa Brasil de Comunicações (EBC), responsável pelas TVs estatal e pública, pela Agência Brasil e Rádio Nacional.

Juscelino Filho é natural de São Luís (MA). É médico especializado em radiologia e diagnóstico por imagem.

Foi eleito para ser deputado federal em 2014, tendo sido reeleito em 2018 e nas eleições gerais de 2022.

Já no primeiro mandato (2015 a 2018) foi líder partidário na Câmara. No segundo mandato, foi presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, além de coordenar a bancada maranhense.

É filho de Juscelino Rezende, que foi prefeito por dois mandatos na cidade maranhense de Vitorino Freire (1997 a 2000 e 2001 a 2004). Seu pai também foi deputado estadual por três mandatos, além de ter sido secretário adjunto do Maranhão no Governo Luiz Rocha.

G1