PL rifa Bolsonaro e tenta paz com Moraes
Foto: Nelson Jr/STF
Lideranças do PL, partido de Bolsonaro, têm buscado aproximação direta com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O movimento começou depois que o presidente partido, Valdemar Costa Neto, abraçou a iniciativa golpista de Jair Bolsonaro e apresentou uma ação ao TSE para questionar quase 300 mil votos só no segundo turno, em novembro.
Após as coletivas de imprensa de Valdemar sobre a ação, lideranças do partido ameaçaram deixar o PL e passaram buscar um canal direto com Moraes para deixar claro que não embarcariam nos questionamentos. Nas conversas tanto com o ministro quanto com Valdemar, destacaram que consideravam um “erro grave” brigar com o Judiciário e que iriam trabalhar pelo diálogo.
A avaliação desses líderes políticos é que, entrar em rota de colisão com Moraes hoje, é comprar um confronto com praticamente todo o Judiciário, devido ao amplo apoio angariado pelo magistrado, especialmente após os atos terroristas de 8 de janeiro.
O movimento dessas lideranças associado ao bloqueio de R$ 22,9 milhões das contas do PL determinado por Moraes fez com que Valdemar não abraçasse novas investidas golpistas até então.
Enquanto correligionários buscam a aproximação com o presidente do TSE, Valdemar tem jogado parado. Segundo membros do PL, ele avalia que Jair Bolsonaro e outros membros da legenda serão alvos centrais na investigação dos atos de vandalismo contra os prédios dos Três Poderes e que não é o momento de ele próprio buscar Moraes.