Bolsonaro copiou loja de Trump
Foto: Adriano Machado/Reuters
Morando nos Estados Unidos há quase três meses, desde que viajou dias antes do final de seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro lançou uma loja virtual para vender produtos como calendários, canecas de chopp e tábuas de carne que fazem referência à sua gestão, em uma iniciativa para “manter vivos” na memória dos apoiadores os atos de seu governo.
Filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou em um vídeo nas redes sociais no domingo o mais novo projeto do pai, que foi descrito como iniciativa para preservar a memória de seu governo e uma forma de arrecadar recursos para manter sua participação política.
“A ideia é mais do que ser meramente um negócio… Mas é pra você manter vivo na sua memória tudo aquilo que foi feito durante a Presidência do Bolsonaro”, disse Eduardo em uma live realizada no Instagram.
Como em outras empreitadas, com a “Bolsonaro Store” os políticos brasileiros seguem o modelo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Admirado pelos Bolsonaro, Trump tem a sua Trump Store para vender de chocolate em formato de barra de ouro a bonés e formas de gelo estilizadas com um T –um negócio variado que se incrementou desde que ele deixou a Casa Branca, com uma coleção dedicada à sua passagem pela presidência.
De acordo com Eduardo Bolsonaro, o item “mais charmoso” da Bolsonaro Store é um calendário com fotos de momentos importantes da Presidência do pai. Um calendário de parede custa 59,90 reais, mesmo após um desconto do preço original de 69,90 reais. Já uma caneca estampada com a frase: “Nosso sonho segue mais vivo do que nunca” pode ser obtida por 54,90 reais.
Nos EUA desde a última semana de dezembro, quando viajou ao país antes da posse do presidente Luiz Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro também tem feito mais aparições públicas nas últimas semanas, participando de eventos para brasileiros residentes no exterior e eleitores conservadores norte-americanos. Como ex-presidente, ele tem direito a manter oito servidores pagos pelo Estado brasileiro, entre eles dois motoristas, dois assessores e quatro servidores que atuam em atividades de segurança e apoio pessoal.
O ex-presidente está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal em inquérito que apura os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro e em ao menos mais quatro inquéritos, um deles que aborda a utilização de desinformação.