Candidato bolsonarista no Senado promete não incomodar STF
Foto: Jorge William / Ag. O Globo
Na campanha pela presidência do Senado, Rogério Marinho (PL-RN) e o presidente do seu partido, Valdemar Costa Neto, têm sido perguntados sobre um ponto polêmico: as chances de pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avançarem se o candidato bolsonarista for eleito.
Ambos têm garantido que esses processos não vão andar em um eventual mandato de Marinho. O discurso aos parlamentares é que o foco é “resgatar o equilíbrio entre os poderes” e defender os congressistas. Valdemar tem dito ainda que a presença de Marinho no comando da Casa já seria suficiente para “calibrar” certas atitudes da Corte que aponta como “excessivas”.
No Supremo, a maioria dos magistrados não comprou a versão e veem “jogo duplo” duplo do candidato bolsonarista. Quando foi presidente, Jair Bolsonaro chegou a apresentar um pedido impeachment de Alexandre de Moraes que foi rejeitado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que hoje tenta a reeleição.
Na visão de ministros do STF, Marinho tem moldado o discurso a depender do interlocutor. O senador chegou a procurar integrantes da Corte para afirmar que não avançaria em propostas contra os magistrados e as instituições. Publicamente, porém, fez falas em sintonia com congressistas que atacam o Supremo.