Governador de Goiás também se aproxima de Lula

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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), defendeu nesta quinta-feira uma convivência “pacífica” e “respeitosa” com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem já foi ferrenho opositor. Ele falou sobre o assunto ao se reunir hoje com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha no Palácio do Planalto, em Brasília. Segundo Caiado, nenhum Estado “sobrevive” sem parceria com o governo federal.

Caiado é ex-aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro. A relação entre os dois estremeceu, no entanto, durante a pandemia de covid-19. Médico de formação, Caiado rechaçou medidas negacionistas de Bolsonaro e adotou o isolamento social como forma de evitar a disseminação do vírus. Desde antes, Caiado e Bolsonaro mantiveram certa distância política. Nas eleições de 2022, o governador de Goiás permaneceu independente no primeiro turno e só declarou apoio a Bolsonaro na segunda etapa do pleito.

“É extremamente importante essa convivência pacífica e respeitosa ao resultado das urnas. Não teria outra maneira de responder que não seja essa. Eu quando governador de Goiás tive o apoio de 14 prefeitos e governei com 246. Nunca discriminei alguém por não ter tido apoio dele. Então essa é a maneira republicana de se governar. É lógico que estado não sobrevive sem que haja essa participação conjunta com o governo federal, tanto é prova disso que estamos aqui”, disse à imprensa.

A declaração de Caiado ocorre dias após Lula discursar ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), outro apoiador de Bolsonaro, de quem foi ministro. Os dois estiveram juntos na última segunda-feira para avaliar os impactos das chuvas no litoral norte de São Paulo. Na ocasião, Tarcísio afirmou que a presença da comitiva presidencial dava “conforto” em um momento que exige cooperação. Lula, por sua vez, destacou que governadores, prefeitos e presidente podem trabalhar juntos mesmo quando pensam diferentes.

Caiado se reuniu com Padilha para tratar do transporte coletivo na região do Distrito Federal e do entorno. “A ANTT nos avisou na quarta-feira que teria um aumento da tarifa, de que chegaria a 40%. Não é possível isso. As pessoas não suportam isso”, explicou. A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP-DF) também esteve presente no encontro.

Valor Econômico