Lideranças petistas rejeitam falar de política no Carnaval
Foto: Caio Sartori/Valor
De máscara no rosto, purpurina espalhada pelo corpo e sorriso permanente, Gleisi Hoffmann passou despercebida por muita gente na primeira noite de Sapucaí. Ao lado do namorado, o também petista e deputado federal Lindbergh Farias (RJ), a presidente do PT não se prendeu a certos rituais da política na avenida, como posar ou sambar ao lado das autoridades locais. E ai de quem tentasse puxar com a dirigente assuntos áridos de Brasília, como a agenda do governo no Congresso.
“Pelo amor de Deus!”, rejeitou o assunto, rindo, quando abordada pelo Valor na porta do camarote Favela. Animados – e aos beijos –, o casal circulou bem pelas dependências do Sambódromo.
Quem ficou mais parado no Favela, espaço organizado por outro parlamentar do PT-RJ, Washington Quaquá, foi o líder do partido na Câmara, Zeca Dirceu (PR).
Assim como Gleisi, o conterrâneo paranaense – copo na mão, bom humor e certa tietagem no entorno – não topou analisar as pautas do governo: “Nem pensar!”, bradou. Em seguida, foi convocado para o “Boteco do Quaquá”, espécie de VIP do VIP dentro do camarote.
Do outro lado da pista, no camarote da Prefeitura e com um chapéu Panamá na cabeça, quem também andou dispensando assuntos de Estado foi Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. De drink na mão, o paulista se enfiou no meio da bateria do Império Serrano, primeira das seis escolas da noite. Só queria saber de Carnaval.