Na casa de Silveira, PF acha sinais de riqueza
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Além dos R$ 276 mil reais em maços de notas encontradas em uma mochila, a lista de bens recolhidos durante a operação que prendeu o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), na manhã da quinta-feira, traz três celulares, um laptop e até um passaporte diplomático.
Segundo o documento, obtido com exclusividade pela equipe da coluna, o dinheiro e um dos celulares estavam nos carros da família – uma Mitsubishi L200 Triton 2019 avaliada em quase R$ 200 mil, um Toyota Corolla 2018 com valor de mercado de R$ 103 mil, e um Volkswagen Jetta 2019 estimado em R$ 174,5 mil.
O laptop, um pendrive e os outros telefones foram encontrados no escritório. Silveira parece ter tirado uma lição com a experiência de seu aliado e correligionário Roberto Jefferson: embora a ordem de apreensão assinada por Alexandre de Moraes incluísse armas e munições, nada disso foi encontrado na casa em que o ex-deputado estava com alguns familiares.
Embora não seja uma lista extensa – são dez itens apenas, incluindo duas pastas com papéis –, os agentes da PF que fizeram a busca acreditam que o fato de o dinheiro ter sido encontrado demonstra que a operação não vazou.
A ordem foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na noite de segunda-feira (1). A prisão foi feita poucas horas depois em Petrópolis.
E apesar de Silveira não ter fornecido a senha de seu celular, que agora está em poder da PF, os investigadores acreditam que o aparelho, assim como os outros eletrônicos, ainda podem ajudar a esclarecer o contexto das conversas entre Silveira e o senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre o plano golpista para favorecer Bolsonaro.
Podem, também, trazer novos elementos para um enredo que ainda está cheio de lacunas – das quais a mais importante é a verdadeira atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro nos dias que antecederam os ataques às sedes dos três poderes em 8 de janeiro em Brasília.