PGR denuncia ex-primeira Dama da Paraíba por ir a atos golpistas
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou que quatro autoridades da Paraíba sejam investigadas pela possível participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. A ex-primeira-dama Pâmela Bório (PSC) é suspeita de participar da depredação de prédios públicos, enquanto o deputado estadual Wallber Virgolino (PL), a vereadora de João Pessoa Eliza Virgínia (PP) e o ex-candidato ao governo Nilvan Ferreira (PL) são suspeitos de incitarem a manifestação.
A manifestação foi feita em uma ação apresentada pelo PSOL ao Supremo Tribunal Federal (STF). O partido pediu que os quatro fossem investigados e presos preventivamente, e que suas redes sociais fossem bloqueadas. A PGR concordou apenas com o pedido de investigação, mas não com as outras solicitações.
A decisão será do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. A petição da PGR é assinada pelo subprocurador Carlos Frederico dos Santos, responsável pelas investigações dos atos do 8 de janeiro.
Pâmela Bório apareceu em vídeos e fotos na Praça dos Três Poderes, durante a manifestação golpista. De acordo com a PGR, “as fotos publicadas em rede social evidenciam que a representada acompanhava a turba durante as invasões aos prédios públicos”, mas é preciso investigar se ela participou da “efetiva destruição dos bens pertencentes ao erário ou se a representada apenas incitou os atos criminosos”.
Pâmela foi casada com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT). Em 2022, concorreu a deputada federal ficou como suplente. Após a repercussão de sua participação nos atos, ela divulgou nota afirmando que estava realizando uma “cobertura jornalística”.
Wallber Virgolino, Eliza Virgínia e Nilvan Ferreira publicaram imagens dos golpistas e, de acordo com a PGR, “exaltaram os atos criminosos”. Agora, a ideia é descobrir se há “elementos que possam comprovar se os representados incitaram a execução dos atos antidemocráticos”.
O PSOL também pediu a investigação do deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB), que publicou mensagens elogiando os atos. A PGR considerou, no entanto, que “não existem indícios, até o presente momento, da prática de crime”, mas afirmou que pode haver “violação ao decoro parlamentar”. Por isso, foi solicitada o envio da representação ao Conselho de Ética da Câmara.