Tropa de Lula no Congresso não está de brincadeira

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução

Um novo mandato se inicia nesta quarta-feira no Congresso Nacional e, com isso, parlamentares da base do presidente Lula (PT) tomam posse. Reeleitos, expoentes como os deputados federais Zeca Dirceu (PT-PR), Maria do Rosário (PT-RS) e André Janones (Avante-MG) integrarão a tropa de choque do governo.

Em seu quarto mandato, o filho do ex-ministro José Dirceu foi o escolhido para liderar o partido na Câmara. O aceno para Zeca, entretanto, chegou a ser visto internamente como uma forma de contemplar o ex-ministro. O petista ficou de fora da composição dos principais cargos no novo governo e nem sequer esteve entre os convidados para a cerimônia de posse.

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Zeca Dirceu viralizou ao confrontar o ex-ministro da Economia Paulo Guedes em uma audiência pública na Casa. Na ocasião, Guedes apresentava a proposta de reforma da Previdência aos deputados, e Dirceu disse que o ministro agia como “tigrão” em relação a aposentados, idosos e pessoas com deficiência, mas como “tchutchuca” em relação à “turma mais privilegiada do nosso país”.

A federação entre PT, PV e PCdoB será a segunda maior bancada da Casa. Oitenta parlamentares dos partidos integrarão a base de Lula — muitos deles influentes e com longa jornada na Casa. Este é o caso de Maria do Rosário (PT-RS), que está em seu sexto mandato consecutivo e foi indicada pelo partido para assumir a Segunda Secretaria da Mesa Diretora.

Outro nome de impacto é Helder Salomão, reeleito como o candidato mais votado do Espírito Santo. Em 2019, ele foi presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal e em 2020 foi escolhido para integrar o Conselho Nacional de Direitos Humanos.

Na bancada feminina, Erika Kokay (PT-DF,) e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, retornam ao Congresso com ainda mais força. Em seu terceiro mandato, Kokay tem como principal pauta as empresas públicas.

Fora do PT, André Janones (Avante-MG) foi líder de engajamento durante as eleições do ano passado. Nas redes sociais, ele chefiou a corrente antibolsonarista que ajudou a dar destaque para a campanha de Lula.

Já no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jaques Wagner (PT-BA) são os líderes do governo. Aliado de longa data no Nordeste, Wagner atuou na articulação para a aprovação da PEC da Transição no Congresso. No passado, ele foi ministro do Trabalho (2003-2004), da Secretaria de Relações Institucionais (2005-2006), da Defesa (2015) e da Casa Civil (2015-2016). Em seu segundo mandato, Ranfolfe foi líder da oposição contra Jair Bolsonaro (PL) em 2021 e 2022.

À frente do PSD no Senado, Otto Alencar é outro importante nome aliado ao presidente. Ex-vice-governador da Bahia e ex-secretário de Saúde, Alencar está em seu segundo mandato. Ele ganhou projeção nacional ao participar da CPI da Covid no Senado.

O Globo