União e Podemos já estão na base do governo
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Na mira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ampliar a base aliada no Congresso Nacional, o União Brasil e o Podemos, que se declaram independentes, terão representantes como vice-líderes do governo na Câmara dos deputados.
Os deputados Damião Feliciano (União-PB) e Igor Timo (Podemos-MG) foram os nomes escolhidos pelas legendas para as funções.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), já escalou 13 dos 15 nomes que ocuparão as vagas. Para completar o grupo, Psol e Republicanos foram convidados, mas o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), sinalizou a aliados que o seu partido não aceitará o posto.
Segundo apurou o Valor, o dirigente do Republicanos acredita que a independência da sigla é diferente da exercida por União e Podemos.
Além de abrigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a legenda foi da base da candidatura à reeleição do ex-mandatário. Há a possibilidade de essa vaga ficar com o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que foi reconduzido ao posto com votação recorde e tem feito gestos de aproximação com Lula. Os progressistas ainda não têm nenhum representante entre os nomes apresentados por Guimarães. Além do União e do Podemos, já foram escalados para o time que auxiliará Guimarães parlamentares de PT, PV, MDB, PSB, PDT, PSD, PCdoB, Avante e Solidariedade. Indicado pelo PSD, Pedro Paulo (RJ), que chegou a ser cotado para ministro, consta como vice-líder e deve ser um dos responsáveis por negociar a reforma tributária.