Bolsonarismo tenta sobreviver no Senado

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Foto: Agência Senado

O Senado deve decidir até quinta-feira os presidentes e os vices das 14 comissões temáticas da Casa. Prejudicada pela reeleição de Rodrigo Pacheco ao comando Mesa Diretora, a oposição ainda tenta um acordo nas próximas horas para garantir espaço na presidência de ao menos um dos colegiados. A partilha das cadeiras de comando é feita por acordos políticos, o que favorece as correntes majoritárias.

Pacheco derrotou o bolsonartista Rogério Marinho na dispupta pela presidência do Senado no início deste mês. Nesse cenário, aliados do senador mineiro defendem que o bloco composto apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que engloba PL, PP e Republicanos, não seja contemplado na distribuição do comando das comissões.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), porém, não descarta uma reviravolta na reta final

— Daqui até quinta-feira, obviamente, na política muita coisa pode acontecer. Em princípio, há um sentimento do bloco de Pacheco de ficar com as presidências (das comissões), mas foi feito esse apelo de alguns integrantes da oposição para se rediscutir — diz, sem sinalizar qual devera ser o desfecho do imbróglio.

Derrotado por Pacheco, o líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho, pondera que a tentativa de excluir o grupo bolsonarista poderá acarretar em dificuldade de votar projetos importantes do governo.

— Eu não tenho dúvida que o bom senso vai imperar. Essa é uma casa de parres. Nós temos o dia de amanhã (quarta-feira) para construir um acordo. Dentro do parlamento, a dificuldade de convivência é dificuldade de votar matérias que são importantes para o próprio governo – disse Marinho.

O Globo