Bolsonaro nega novo furto de joias, mas documentos desmentem

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Foto: Alan Santos/PR

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse hoje que todos os presentes recebidos por ele foram “devidamente registrados”. A manifestação acontece após a revelação de que Bolsonaro ficou com um terceiro conjunto de joias da Arábia Saudita, incluindo um relógio Rolex cravejado de diamantes.

A defesa de Bolsonaro alega que “todos os bens foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência”, conforme manda a legislação;

Eles disseram ainda que todos os presentes recebidos por Bolsonaro serão auditados pelo TCU, assim como aconteceu com os presidentes anteriores

Nota diz que Bolsonaro está “à disposição” para entregar qualquer presente, “caso necessário”.

Ex-presidente recebeu pessoalmente um estojo que contém um relógio Rolex, abotoaduras, anel, caneta e um masbaha (rosário islâmico) quando esteve em Doha, entre 28 e 30 de outubro de 2019. As informações foram publicadas hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Ele ordenou que itens fossem levados para acervo privado. Ainda segundo o Estadão, há documentos que comprovam a ordem, e que, posteriormente, as joias foram encaminhadas ao gabinete da Presidência.

Itens ficaram com ele ao fim do mandato, conforme apurou o jornal.

Ex-presidente precisou devolver conjunto de joias e armas presenteadas pela Arábia Saudita na semana passada. O TCU determinou que ele não poderia ficar com os itens.

Presentes entraram ilegalmente no país. Um outro conjunto de joias, que seria um presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi avaliado em R$ 16,5 milhões e retido pela Receita Federal.

Uol