Ciro Nogueira diz que julga ladrão pela “cara” e que a de Bolsonaro não é
Foto: Cidades na Net
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) avaliou que a repercussão do terceiro conjunto de joias da Arábia Saudita incorporado ao acervo pessoal de Jair Bolsonaro, conforme publicado hoje pelo Estadão, não deve “colar” com seu eleitorado. Ao UOL Entrevista de hoje, Nogueira defendeu que o ex-presidente e os órgãos competentes devem esclarecer o caso, mas evitou avaliar se seria moralmente correto apropriar-se de presentes milionários dados por uma nação ao presidente da República.
A questão das joias vai ser explicada. Bolsonaro não tem cara de ladrão, não tem atitude de ladrão. Isso não vai colar de forma nenhuma na população. Temos que esquecer um pouco isso de governo Bolsonaro.” O senador, que foi ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, também definiu o caso como “de menos importância hoje” e cobrou que se fale mais do governo Lula —o qual criticou. Para Nogueira, se não fosse pelo caso das joias e pelos ataques de bolsonaristas aos Três Poderes no 8 de janeiro, as pessoas “estariam nas ruas”. O sentimento em Brasília é que esse governo não começou —até começou, mas de maneira frustrante. […] O presidente Lula está agindo como [o imperador romano] Nero, querendo colocar fogo em tudo. Quem vai sofrer isso mais para frente é a maioria dos eleitores dele”
O senador também avaliou o capital político do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um nome forte do campo da direita para as próximas eleições presidenciais. No entanto, ele não bateria de frente com Bolsonaro, caso o ex-presidente decida concorrer, diz Ciro: Tarcísio jamais será candidato contra Bolsonaro. Se Bolsonaro for candidato, Tarcísio não é candidato. Tarcísio não tem a rejeição do Bolsonaro, hoje o maior número de eleitores que temos no país é de antipetismo e antibolsonarismo. Tarcísio não teria essa rejeição, mas a prioridade é a candidatura do presidente.”