Comandantes das Forças Armadas ficam hoje na moita
Foto: Marcelo Régua/Ag. O Globo
Sem comemorações do aniversário do golpe militar de 1964, que completa 59 anos hoje, os comandantes das Forças Armadas nomeados por Lula dedicam o dia a solenidades e eventos discretos, sem previsão de menções à data.
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O general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, comandante do Exército, participa até o fim da manhã de uma passagem de comando no Centro de Controle Interno da instituição, em Brasília, e à noite vai ao Clube da Aeronáutica cumprimentar militares recém-promovidos.
Já o almirante Marcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha, começou o dia numa cerimônia de posse na diretoria do Hospital Naval da capital federal e não tem mais compromissos para o restante do dia. Marcelo Kanitz Damasceno, o comandante da FAB, manteve a agenda vazia até aqui. O mesmo fez José Múcio Monteiro no Ministério da Defesa.
A postura dos comandantes e do ministro marca uma mudança em relação àquela que foi mantida sob o governo de Jair Bolsonaro. Nos últimos quatro anos, houve incentivo do então presidente e da cúpula das Forças para que os quartéis celebrassem o marco zero da ditadura, exaltado ainda na ordem do dia proferida por cada comandante — o que também não se repete agora.