Lula tira Abin da influência do GSI

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Foto: Eraldo Peres/AP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) transferiu a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para a Casa Civil, pasta comandada por Rui Costa. A mudança havia sido antecipada pelo blog da Andreia Sadi.

Segundo o blog do jornalista Octavio Guedes, o ex-chefe da Polícia Federal Luiz Fernando Correa deve assumir o cargo de comandante da agência de inteligência.

A transferência foi oficializada por meio de decreto publicado nesta quinta-feira (2) no DOU (Diário Oficial da União). Antes, a Abin integrava o GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

O GSI é comandado pelo general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, que chefiou a segurança da presidência da República durante os dois primeiros mandatos de Lula.

A Abin é o principal órgão de inteligência brasileiro e, agora, com a transferência para a Casa Civil, deixa de estar sob guarda-chuva de órgão comandado por um militar.

A mudança acontece quase dois meses após terroristas golpistas invadirem as sedes dos três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro. Na ocasião, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto foram depredados.

Em 8 de janeiro, a Abin alertou autoridades locais de segurança do Distrito Federal entre 9h e 10h sobre bolsonaristas que incitavam possível invasão e depredação de prédios públicos, segundo apuração do blog da Sadi.

Os alertas foram feitos horas antes do deslocamento dos bolsonaristas para a Esplanada dos Ministérios, que começou por volta das 14h.

Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro fizeram o trajeto do acampamento que montaram em frente ao Quartel-General do Exército até o Congresso Nacional escoltados pela Polícia Militar do DF.

Em menos de uma hora, os terroristas bolsonaristas deram início à invasão do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto. Eles quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

Entre os dias 8 e 9 de janeiro, foram presas 1.400 pessoas. Destas, 767 permaneciam presas até esta terça-feira (28).

G1