PDT começa a “causar” em várias frentes do governo Lula
Foto: Cristiano Mariz/Ag. O Globo
A decisão do governo de reavaliar o teto dos juros de empréstimos consignados, na segunda-feira, começou a incomodar Carlos Lupi dois dias antes de ser oficializada. Na sexta-feira passada, o ministro da Previdência Social dizia a aliados que, em sua análise, havia agido corretamente na decisão de baixar o índice na reunião do conselho que cuida do tema. E que fez tudo após comunicar Lula, Rui Costa e Fernando Haddad, ainda que o último discordasse da medida.
Mesmo de “consciência limpa”, Lupi demonstrava irritação com a decisão dos bancos de suspenderem as operações de consignado. O incômodo maior, porém, foi com o governo por ter aceitado negociar com os bancos.
À Gleisi Hoffmann, por exemplo, Lupi destacou que Lula, Costa e Haddad estavam cientes da medida. E criticou a brecha para o debate com os bancos sob a pressão da suspensão dos empréstimos.
Da presidente do PT, Lupi ouviu comentários de compreensão à reclamação. Mas não houve eco no desfecho: na segunda-feira, a atuação bancária fez com que o governo prometesse voltar atrás.
Hoje, a suspensão dos empréstimos completa uma semana sem solução.