Senado reabre após consertar depredação bolsonarista
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
As vésperas de completar dois meses da invasão de 8 de janeiro na praça dos Três Poderes, em Brasília, o Senado anuncia a reabertura da casa para a visitação neste sábado. A iniciativa ocorre 54 dias após os atos de vandalismo, e os visitantes ainda devem se deparar com sinais da depredação deixados nos salões legislativos.
Com acesso suspenso desde dezembro, devido aos preparativos da posse presidencial e posteriormente os atos de janeiro, a retomada será apenas para visitas espontâneas, sem o serviço de agendamento.
— A melhor resposta para aqueles que entraram aqui sem licença, depredaram o prédio e invadiram as nossas instalações, é voltar a convidar as pessoas a entrarem neste prédio. Dessa vez, como convidadas, como colegas, que possam contar a elas a história do Parlamento, a história do Senado e, especialmente, a história do trabalho que esta Casa o Poder Legislativo fazem, tão relevante para o Brasil — analisa a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, em entrevista à Agência Senado.
As obras de restauração, iniciadas no dia seguinte à invasão, terão um custo em torno de R$ 3 a R$ 4 milhões. Os valores são para restauração da mobília e das obras de arte depredadas. Entre as peças afetadas estava uma tapeçaria com assinatura do artista plástico e paisagista Burle Marx. Na manhã seguinte à tragédia, peritos encontraram o item rasgado, amassado e molhado com urina no canto de uma das salas. “Arrancaram a peça da parede, embolaram e molharam. Está tudo realmente bem fedido”, relatou a coordenadora do Museu do Senado, Maria Cristina Monteiro, à época. Especialistas em restauro precisarão refazer parte da peça, com base em pesquisa.
As visitas ao Senado podem ser feitas nos finais de semana, entre 9h e 17h, separados a cada hora por grupos de até 50 pessoas.