Comandante da PM do DF pode ter sido pago para ajudar golpistas
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O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe de operações da PM do DF, recebeu transferências via Pix de subordinados e de uma empresa de segurança privada. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles e confirmada pelo UOL.
As movimentações financeiras foram encontradas na quebra de sigilo bancário de Naime. A solicitação para checar as contas do coronel foi feita pela CPI dos atos golpistas da Assembleia Legislativa do DF.
Barreto recebeu dinheiro de quatro PMs. Segundo o deputado Chico Vigilante, presidente da CPI, uma empresa de segurança privada de Barro Alto, em Goiás, também faz transferências para a conta do militar. Esses pagamentos foram feitos desde pouco antes das eleições de 2022 até janeiro deste ano. O presidente da CPI afirmou que essas movimentações não são objeto de investigação da comissão. De acordo com ele, os dados foram enviados para a Polícia Civil do DF e à corregedoria da PM para apuração e não podem ser divulgados.
Ele foi detido pela PF em meio às investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro que destruíram a Praça dos Três Poderes. No dia das invasões, Barreto estava de folga. Ele era o chefe do setor responsável por elaborar o plano de segurança do DF.
Para o ex-interventor da Segurança Pública do Distrito Federal Ricardo Cappelli, atual chefe do GSI, o coronel tomou propositalmente a decisão de retardar a linha de contenção da PM. Capelli disse ter visto com os “próprios olhos” os comandados por Barreto avançando “lentamente” contra os golpistas.