Comissão mistá investiga uso da Abin como arma política
Foto: Cristiano Mariz/VEJA
A cúpula da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, composta por deputados e senadores, vai solicitar informações sobre a contratação do software da israelense Cognyte, usado pela Abin durante o governo Jair Bolsonaro para o monitoramento de cidadãos. O colegiado é o único do Congresso com poder requisitório para acessar esse tipo de informação. A comissão teve poucas reuniões nos últimos anos. Foram 11 encontros em cinco anos, de 2018 a 2022. Após os atos de 8 de janeiro, governistas querem intensificar as atividades do grupo. A primeira reunião está prevista para maio. Entre os membros da comissão, estão Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Renan Calheiros (MDB-AL).
No caso do software usado pela Abin, suspeito de ter sido usado em espionagem ilegal, o intuito dos parlamentares é verificar se o governo Bolsonaro obedeceu a lei de contratações públicas ao usar o dispositivo da empresa israelense por três anos.