Demora do CNJ fez TJSP afastar juiz que torturava esposa
Foto: Reprodução/TV Globo
O CNJ vinha se programando para deliberar na semana que vem sobre a possibilidade de afastar do cargo o juiz Valmir Maurici Junior, do TJ de São Paulo, flagrado em áudios e vídeos enquanto agredia e humilhava a mulher. Beleza. Só que o magistrado acabou retirado da cadeira ontem pela corregedoria-geral do Judiciário paulista, numa decisão provisória prevista para durar pelo menos até o dia 12 — a sessão do CNJ será na véspera.
Agora, o colegiado está sendo pressionado para manter o afastamento e punir Maurici Junior, mesmo após a providência anunciada hoje pelo órgão regional.
Da Câmara, em Brasília, Fernanda Melchionna, do PSOL, protocolou também ontem uma representação no CNJ em que afirma que são necessárias sanções contra o juiz porque a conduta dele pode “macular de forma eventualmente irreversível a confiança nas instituições, sobretudo no Judiciário”.
Diz ainda que ele pode ter cometido pelo menos quatro formas de violência contra a mulher: física, psicológica, sexual e moral.
O caso é relatado no CNJ pelo ministro Luis Felipe Salomão, corregedor do órgão.