Está em curso desbolsonarização total do GSI

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Ailton de Freitas/Ag. O Globo

Dos 28 militares e policiais que Ricardo Capelli acaba de exonerar do GSI, pasta da qual é ministro interino, pelo menos sete passaram a integrar a pasta desde janeiro, já durante a nova gestão de Lula. Foram nomes avalizados, portanto, pelo general Gonçalves Dias, cuja demissão foi selada semana passada como desdobramento da repercussão dos atos golpistas de janeiro.

Entre os exonerados que faziam parte da “era G Dias”, está o general de brigada Marcelo Goñes Sabbá de Alencar, que ocupava há apenas nove dias o cargo de secretário-executivo adjunto do GSI. Ele foi nomeado no último dia 17.

De acordo com comunicado divulgado por Capelli, as exonerações são “parte do processo de renovação” do órgão, sob determinação de Lula. O presidente aceitou o pedido de demissão de Dias após o então chefe do GSI ter aparecido em novas filmagens do Palácio do Planalto, de 8 de janeiro, em meio à ação de bolsonaristas radicais. Ele diz que tentava retirá-los do local.

Além de Marcelo Goñes Sabbá de Alencar, o governo também derrubou dos cargos: Marcius Cardoso Netto (general que cuidava da secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial); Alexandre Santos de Amorim (coronel que atuava como assessor); Anísio Morais Júnior (major lotado como assessor técnico); Edi Carlos Bernardino (major, também assessor); Cristian da Cruz (primeiro sargento escalado como supervisor) e João Luiz Vinhas (terceiro sargento da PM no DF, trabalhando sob o título de especialista). Todos haviam sido nomeados recentemente, na gestão de G. Dias.

A lista de Capelli inclui ainda o nome de Jorge Henrique Luz Fontes, chefe de gabinete do GSI que estava no órgão desde o governo de Michel Temer e pediu para deixar o cargo. Junto dele, o restante dos exonerados que integram a lista de nomes (exceto os avalizados por G. Dias) são heranças de gestões passadas, com destaque para o governo Bolsonaro, sob a chefia do general Augusto Heleno.

O Globo