Governo já trabalha para enfrentar CPMI golpista

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Foto: Adriano Machado/Reuters

O governo saiu do estado de negação e passou a trabalhar com a possibilidade de que a CPMI dos Atos Antidemocráticos tem chance de acontecer. Nesta terça (18), aliados de Lula começaram a desenhar uma estratégia de defesa, para o caso de perderem a disputa pela retirada de assinaturas de apoio. Desejam articular com partidos do centrão a indicação de membros afinados com o governo para formar maioria no colegiado — composto por 15 deputados e 15 senadores. De acordo com a Secretaria-Geral do Congresso, a indicação deverá levar em conta os grandes blocos da Câmara, o que significa que o grupo majoritário liderado por Arthur Lira (PP-AL) terá vantagem na composição.

Além do PP, o grupo é formado por União Brasil, PDT, PSB, PSDB/Cidadania, Avante, Patriota e Solidariedade. O segundo maior bloco da Casa é liderado pelo MDB e PSD. Pelas contas já feitas por deputados, o bloco de Lira deverá ter direito a cinco vagas; o bloco do MDB, quatro vagas; o PL três vagas; o PT, duas vagas; e o PSOL/Rede, uma vaga.

Governistas ainda acreditam que há chance de a CPMI perder assinaturas até a próxima semana. Viram com otimismo o adiamento da sessão do Congresso que iniciaria a comissão ter recebido o apoio de PP e Republicanos. Bolsonaristas ficaram isolados.

Inconformados com a demora na abertura da sessão do Congresso que deliberaria sobre a CPMI, deputados bolsonaristas foram ao Senado cobrar Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pessoalmente. Mas erraram a porta da presidência da Casa e foram à secretaria-geral. Alertados, deram meia-volta. Todos com celulares em punho.

Estadão