Lula teve coragem de enfrentar sistema financeiro internacional

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Ao analisar o discurso de Lula na cerimônia de posse de Dilma Roussef no Banco do Brics, o jornalista Cesar Calejon considerou “incisiva e corajosa” a postura do presidente ao defender o uso da instituição e de uma moeda própria do grupo no comércio. Faz todo o sentido. Muito além de um banco, há uma estrutura que se diz multilateral, mas que na verdade serve aos interesses e às agendas específicas dos países que estão no cerne desse ordenamento global, que está em plena transição. Há um processo de reorganização geopolítica global e da forma como a governança é exercida no país. O Lula se posiciona de uma maneira bastante incisiva e corajosa.Cesar Calejon, jornalista

Para Calejon, em participação no UOL News nesta quinta, Lula também mostrou estar atento às mudanças globais e está alinhado ao pensamento de especialistas econômicos ao pressionar o Banco Central para baixar as taxas de juros praticadas no Brasil. Vimos uma série de pensadores da seara econômica, independentemente de estar à esquerda ou à direita, dizendo que não se justifica fazer esse tipo de taxa Selic no Brasil porque temos reserva internacional e quase não tem dívida externa. Só que estamos afeitos a uma espécie de ortodoxia divulgada por centros de pensamento estadunidenses e uma composição hegemônica do mundo que está mudando rapidamente. Lula está atento a este ponto e a fala dele vai ao encontro dessas mudanças. Acho muito oportuno. Cesar Calejon, jornalista

Josias de Souza elogiou as primeiras declarações de Lula na China. O colunista destacou que o presidente reforça sua imagem de líder regional ao incluir a Argentina em seu discurso e criticar a ação do FMI (Fundo Monetário Internacional) em relação aos países em desenvolvimento. O primeiro discurso do Lula na China deve ser entendido em duas dimensões. Em uma, ele colocou sob holofotes a costura de acordos comerciais bilaterais que excluam o dólar como forma de pagamento. Na outra, ele exerce com muita maestria e diplomacia presidencial ao incluir a Argentina em seu discurso e distribui caneladas em instituições como o FMI.Josias de Souza, colunista do UOL

Josias de Souza defendeu o fim da isenção de impostos sobre encomendas postais de até US$ 50, como propõe o governo. O colunista reforçou que o sucesso da nova regra fiscal proposta pelo ministro Fernando Haddad depende de medidas como esta, que garantam uma maior arrecadação de impostos. Não há influenciador que possa ajudar o governo nessa matéria. A cobrança do tributo é incontornável, sob pena de virarmos o país da muamba. O que está acontecendo hoje é contrabando. Digital, mas contrabando. É uma ilegalidade que precisa ser corrigida. É uma providência que precisa ser tomada e é impopular, mas por vezes o governo precisa tomar providências que são impopulares. Josias de Souza, colunista do UOL

Uol