Ministro dos Direitos Humanos reage a encenação bolsonarista

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Foto: Pedro França/Ag. Senado

O senador bolsonarista Eduardo Girão (Novo-CE) quis entregar ao ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, a réplica de um feto de 11 semanas. O parlamentar criticava a postura do governo Lula que não assinou uma carta condenando o regime de Daniel Ortega na Nicarágua. “Por que o governo atual não os condena como 50 outros países e se alinha à comunidade internacional no que há de mais legítimo que é a preservação da vida, da liberdade e da dignidade humana?”, indagou Girão na Comissão de Direitos Humanos do Senado.

“Eu vou aproveitar aqui, já que a gente entrou na questão da dignidade humana e vou materializar, a entrega dessa criança, com 11 semanas de gestação”, seguiu. O “presente” do senador foi recusado pelo ministro. Girão disse que já entregou réplicas semelhantes a “ministros do Supremo e a outros ministros”. “Eu não quero receber isso por um motivo muito simples: eu vou ser pai agora. E eu sei muito bem o que significa isso. Isso pra mim é uma performance que eu repudio profundamente. Isso pra mim, com todo respeito, é uma exploração inaceitável de um problema muito sério que nós temos no país”, respondeu Silvio Almeida. “Em nome da minha filha que vai nascer, eu me recuso a receber isso. Eu não vou receber. Em nome da minha filha, não vou receber! Isso é um escárnio! Não vou receber”, repudiou o ministro com veemência, que considerou a atitude “um escárnio”.

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