PRF engaveta investigação sobre bloqueio a petistas

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Foto: Agência Brasil

A Corregedoria da PRF (Polícia Rodoviária Federal) decidiu arquivar parte da investigação sobre as blitze em vans e ônibus durante o segundo turno das eleições de 2022. O órgão manteve apurações em uma sede do Sul, uma do Norte e três do Nordeste —as duas últimas regiões são redutos eleitorais de Lula (PT).

A operação de blitze ocorreu mesmo tendo sido proibida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com os bloqueios, eleitores chegaram atrasados a seus locais de votação, principalmente no Norte e no Nordeste, regiões onde Lula é mais bem votado. O diretor-geral da PRF na época, Silvinei Vasques, era apoiador de Bolsonaro e foi demitido em dezembro. Ele é réu por improbidade administrativa. Foi aberta uma investigação interna para apurar as razões da operação. A Corregedoria acatou o Relatório de Instrução Preliminar Sumária e determinou o arquivamento parcial do caso. Segundo a instituição, não foi constatado “ato irregular” no planejamento e execução da operação. No entanto, o relatório de Corregedoria recomenda a continuidade da investigação nas superintendências de cinco estados:

Pará (SPRF-PA) Santa Catarina (SPRF-SC) Alagoas (SPRF-AL) Sergipe (SPRF-SE) Maranhão (SPRF-MA) A Polícia Federal investiga uma possível interferência do então ministro da Justiça, Anderson Torres, na execução dos bloqueios. Ele teria viajado à Bahia nos dias anteriores ao segundo turno para combinar como seria a operação. A Bahia é um dos estados onde os inquéritos foram arquivados.

Uol