PRF usou 25% mais policiais para sabotar Lula em 2022
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O efetivo usado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na Operação Eleições durante o segundo turno de 2022 foi 25% maior que o utilizado no primeiro turno, segundo planilha obtida pelo UOL por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).
No primeiro turno, foram usados 12.820 policiais rodoviários federais na chamada “Operação Eleições 2022”
Já no segundo, esse número saltou para 16.050 PRFs; os dados não fazem especificação exata de locais Na resposta, ainda no governo Bolsonaro, a PRF justifica que o aumento de efetivo “considerou os elementos levantados ainda no primeiro turno” e “os constantes na matriz de riscos do Plano Estratégico de Atuação Integrada do Ministério da Justiça e Segurança Pública.” Os dados foram fornecidos ainda durante a gestão Bolsonaro à coluna. Segundo a PRF, os dados referem-se ao número de servidores “que registraram frequência/ponto na Parte Diária Informatizada, independente do tipo de serviço (operacional ou administrativo) e o local de atuação.”
As ações da PRF no segundo turno são alvo de investigação da PF (Polícia Federal) por suspeita de ação deliberada para dificultar o transporte de eleitores no dia da votação, especialmente no Nordeste —onde Lula teve a maior votação percentual e única região do país onde ele venceu Bolsonaro. A suspeita ganhou ainda mais força porque ex-ministro da Justiça Anderson Torres viajou dias antes da eleição para a Bahia, onde fez reuniões com a cúpula local da PRF Assim, a história voltou ao radar da PF, que investiga o elo e a influência do ex-ministro, que está preso, com as blitze que atrasaram a votação de muitos eleitores nordestinos. Ao todo, a PRF gastou R$ 1,3 milhão com a contestada operação de blitze em vans e ônibus, segundo dados também obtidos pelo UOL por meio da LAI