Trump estica a corda por achar prisão improvável

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A colunista do UOL Fernanda Magnotta considera “improvável” a prisão de Donald Trump e avalia que ele fará uso eleitoral do episódio. Muito provavelmente o Trump, pela proximidade eleitoral, tentará capitalizar este episódio em torno dessa narrativa que ele já começou a construir, a da perseguição política e da caça às bruxas. Neste primeiro momento, a ideia é desmembrar em duas frentes. Do ponto de vista política, é garantir para si o apoio do Partido Republicano. A segunda estratégia é de arrecadação de campanha.Fernanda Magnotta, colunista do UOL

Em participação no UOL News nesta terça, Magnotta traçou um paralelo entre Trump e Jair Bolsonaro e destacou a semelhança nos momentos vividos pelos ex-presidentes, envolvidos em diversos problemas com a Justiça. Esse é apenas um dos vários processos que o Trump sofre. As eleições de 2024 nos Estados Unidos prometerão e devem se desdobrar em vários subcapítulos desses processos, que sempre serão muito repercutidos pelas similaridades com o Brasil. Fernanda Magnotta, colunista do UOL

Magnotta explicou como funcionará a histórica audiência de hoje com Trump, acusado de oferecer US$ 130 mil a uma atriz pornô para esconder um suposto caso extraconjugal. A colunista contou que dificilmente o ex-presidente será preso agora, mas estará sujeito a um julgamento posterior e, aí sim, com chances de ser condenado. Ela ainda detalhou algumas particularidades da audiência desta terça, como o fato de Trump não ser algemado. É improvável que ele fique preso, até pelo tipo de denúncia que está sendo endereçada. Trump vai responder a esse processo até que seja marcada uma audiência pré-julgamento e, aí sim, um julgamento que pode culminar em uma sentença. Há alguns protocolos em processos criminais desse tipo, mas como é algo tão inédito, tudo está sendo flexibilizado. Fernanda Magnotta, colunista do UOL

Josias de Souza também comparou as trajetórias de Trump e Bolsonaro, com semelhanças até nos problemas judiciais. O colunista, porém, vê desfechos políticos diferentes para os dois, com o ex-presidente do Brasil em situação pior que a do norte-americano. Bolsonaro é um imitador do Trump e foi premiado pelo destino com a possibilidade de plagiar seu modelo americano em um enredo criminal. É como se o mito compartilhasse com o ídolo uma experiência de laboratório. O capitão e o magnata esperneiam na lama da mesma maneira. A diferença é que o imitador afunda mais facilmente. Josias de Souza, colunista do UOL

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