Alto comando do Exército troca Bolsonaro por Lula
Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
Nada de CPI dos atos golpistas ou punições dos militares sobre o 8 de janeiro. Esses e outros temas espinhosos que tenham potencial de criar rusgas entre o governo e as Forças Armadas estão fora da pauta da cúpula do Exército, que almoça nesta quarta-feita com o presidente Lula.
Além de apresentar os projetos estratégicos para a Força e propostas de investimento na área de defesa, os generais de alta patente buscarão fazer um sinal claro de colaboração junto ao governo. O foco é demonstrar a Lula que os militares estão abertos a ajudar no que forem chamados.
O comandante do Exército, Tomás Paiva, será o responsável por fazer a apresentação ao presidente sobre os planos prioritários da Força e por verbalizar a Lula a disposição em ajudar o governo no que for preciso. O militar tem adotado uma postura colaborativa com o Palácio do Planalto desde que assumiu o posto, depois dos atos golpistas de 8 de janeiro.
O almoço desta quarta-feira será a segunda visita de Lula ao quartel-general do Exército, em Brasília, em menos de um mês. O presidente esteve no local durante a celebração do Dia do Exército, em 19 de abril.
O encontro de Lula com a cúpula das Forças Armadas faz parte do processo de reconstrução de pontes entre o governo e os militares. Em março, o presidente almoçou com almirantes da Marinha, nesta quarta se encontra com os generais do Exército e, posteriormente, terá agenda com os brigadeiros da Aeronáutica.