Bolsonaros planejam ‘bancada familiar’ no Senado

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: ALOISIO MAURICIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não ficar inelegível, já há quem defenda em seu entorno que ele desista de tentar voltar ao Palácio do Planalto e tente uma vaga ao Senado em 2026. A avaliação é que Bolsonaro poderia garantir oito anos de mandato com mais facilidade se tentasse a vaga para o Legislativo —concorrendo pelo Rio ou até por outro estado—, sem enfrentar o desgaste de uma disputa presidencial.

Aliados e ex-assessores de Bolsonaro —que mantêm a proximidade com o govenador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)— começam a cogitar nas rodas de conversa que, se Bolsonaro abrir mão de concorrer à Presidência, o seu ex-ministro teria mais chances de enfrentar o presidente Lula ou um candidato de esquerda. Além disso, Bolsonaro poderia ter protagonismo e ganhar força no Senado com uma espécie de bancada familiar, caso avance a ideia de a ex-primeira-dama Michelle e os filhos Flávio e Eduardo também concorrerem a uma vaga no Senado. Essa ideia, porém, tem ao menos uma resistência no momento: Bolsonaro não quer que Michelle saia candidata e a ex-primeira-dama, por enquanto, também diz não ter essa intenção. No PL, atual partido dos membros da família, a teoria do “bloco da família Bolsonaro” ainda é vista com certo ceticismo, mas a possibilidade também já é considerada. Michelle sairia candidata pelo Distrito Federal; Eduardo, por São Paulo. Já Flávio —que deve concorrer para a Prefeitura do Rio em 2024— poderia tentar a reeleição caso fosse derrotado. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não descarta inclusive atrair Tarcísio para o seu partido. Assim, se saíssem vitoriosos, o PL poderia ter a Presidência e uma bancada forte —e da família Bolsonaro— no Senado. Em todos os casos, no entanto, a afirmação de Valdemar é que até 2026 “muita coisa pode acontecer”.

Uol