Governo dará R$ 1 milhão a médicos em regiões pobres
Foto: Michael Melo/Metrópoles
O edital do novo programa Mais Médicos, lançado nesta segunda-feira (22/5), prevê bônus para médicos que optarem por trabalhar em áreas mais vulneráveis. A soma desses bônus com o restante da remuneração prevista no programa pode chegar a R$ 1.107.353 no período de quatro anos.
No texto do edital, esse bônus para áreas vulneráveis é chamado de “direito à indenização diferenciada por atuação em área de difícil fixação”. Essa previsão foi inserida na legislação do Mais Médicos a partir de uma medida provisória publicada em março.
O valor do bônus varia conforme o grau da vulnerabilidade da área em que o médico vai trabalhar e o tempo que ele vai permanecer no programa.
Também é considerado se o profissional se formou através do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). O bônus para quem fez Fies é maior.
O maior bônus é para profissionais formados pelo Fies que vão ficar nas áreas consideradas de mais alta vulnerabilidade. Esses profissionais podem pedir um adicional de 80% da quantia a ser recebida em quatro anos, o que equivale a R$ 475.641,6.
Além disso, o valor aumenta se o profissional precisa mudar de cidade para trabalhar. O edital prevê uma ajuda do valor de três meses de remuneração para ajudar na mudança, o que representa R$ 37.159,5.
Entre os requisitos previstos para receber o bônus estão o cumprimento dos prazos previstos na Lei, aprovação e conclusão de todas as atividades educacionais do Mais Médicos, além do cumprimento dos deveres estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Profissionais sem formação pelo Fies poderão receber um bônus de 10% (R$ 59.455) e 20% (R$ 118.910). Formados pelo Fies poderão receber um bônus de 40% (R$ 237.820) e 80% (475.641).
O edital do novo Mais Médicos tem 5.970 vagas distribuidas em 1.944 municípios brasileiros. O salário básico (bolsa formação) é de R$ 12.386,5 para quatro anos que podem ser prorrogados pelo mesmo período.
Os perfis de profissionais previstos para participar do programa são:
Médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no país, com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM);
Médicos brasileiros com habilitação para exercício da medicina no exterior; e
Médicos estrangeiros com habilitação para exercício de medicina no exterior.