Justiça bloqueia mais R$ 40 mi de financiadores de 8/1
Foto: Polícia Federal
A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 40 milhões dos suspeitos de financiarem atos golpistas do 8 de janeiro e que são alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira. O objetivo dessa medida é ressarcir os danos causados ao patrimônio público após as invasões às sedes dos Três Poderes.
Entre os alvos da operação da PF, estão produtores rurais e CACs (colecionadores de armas, atiradores ou caçadores esportivos). Em um dos endereços, em Bauru, no interior de São Paulo, foi apreendida um volume de dinheiro em espécie, que ainda está sendo contabilizado.
A PF deflagrou a 11ª fase da operação Lesa Pátria para identificar os financiadores dos ataques de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, expedidos pelo STF.
De acordo com a Polícia Federal, o financiamento dos atos golpistas de 8 de janeiro pode se configurar em crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A operação Lesa Pátria teve início em janeiro e chega a sua 11ª fase nesta quinta-feira. A ação se tornou permanente e tenta identificar quem invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes, além dos financiadores dos atos e aqueles que estimularam as ações golpistas.
Em sua fase anterior, a PF prendeu ao menos quatro integrantes do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por participação dos atos terroristas. Três deles foram candidatos na eleição do ano passado, e outro é o presidente do diretório municipal do PL de Monte Azul (MG), Silvio de Melo Rocha.