Lula critica Biden e ONU por não promoverem paz na Ucrânia

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Ricardo Stuckert

Horas antes de voltar ao Brasil, o presidente Lula (PT) concedeu uma entrevista coletiva de quase uma hora no Japão, para analisar como foi a sua participação como país convidado no G7 — grupo que reúne algumas das maiores economias mundiais. Veja a seguir as principais falas de Lula a jornalistas em Hiroshima. O presidente brasileiro voltou a cobrar a ONU para que lidere negociações para o fim da guerra na Ucrânia. Ele criticou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por apostar na rendição russa no conflito. Lula afirmou que a ONU tem falhado em buscar saídas para a paz no leste europeu. “Eu sou presidente há 5 meses e nunca fui convidado para uma reunião, na ONU, para discutir a guerra. É na ONU que tem que ter”, disse.

Disse que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não apareceu para o encontro marcado entre os dois. O petista comentou que nem Rússia e nem Ucrânia estão dispostos a falar em paz no momento, mas voltou a oferecer o Brasil como mediador. “Quem quer a paz precisa conversar com todos”, disse. Lula criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro durante a entrevista. Segundo o petista, o país “voltou a ser civilizado” sob a atual gestão e “as pessoas estão muito felizes com a volta da deomocracia no Brasil”. Ontem vocês viram o discurso do Biden, sabe. O discurso do Biden é de que tem que ir para cima do Putin até ele se render, pagar tudo o que estragou. Esse discurso não ajuda, na minha opinião.Lula, em fala a jornalistas após a cúpula do G7 em Hiroshima

 

O presidente abriu a fala aos jornalistas condenando os ataques racistas a Vini Jr, atacante do Real Madrid. Lula cobrou medidas da Fifa para “não permitir que o fascismo e o racismo tomem conta do futebol”. Lula disse que o jogador foi “fortemente atacado” e chamado de macaco. Ele alertou para os frequentes casos contra os atletas negros no futebol europeu. Não é possível que quase no meio do século XXI a gente tenha o preconceito racial ganhando força em vários estádios de futebol aqui na Europa”Lula, em desagravo ao jogador Vini Jr. O presidente citou os bombardeios atômicos à cidade-sede do evento, em 1945, para defender a interrupção da guerra na Ucrânia. Para Lula, é preciso evitar que a guerra fique “mais feroz, com armas mais poderosas”. Nós estamos aqui em Hiroshima. Ninguém jamais imaginou que os Estados Unidos iriam soltar uma bomba atômica aqui em Hiroshima. E soltou. Sem pedir para ninguém.”Lula, em fala a jornalistas na cidade japonesa

Uol