Relator do marco fiscal diz que não entrega relatório hoje

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Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Relator do projeto do novo arcabouço fiscal, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) admitiu nesta quinta-feira a possibilidade de adiar a entrega de seu parecer, o que estava previsto para esta quinta-feira. Mais uma vez, o parlamentar baiano sinalizou que o relatório será disponibilizado apenas após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários definirem uma previsão de calendário para a apreciação da proposta.

“Espero que a gente consiga nas próximas horas, quem sabe até o final do dia concluir os entendimentos [sobre pontos do texto]. Considero mais difícil [entregar parecer hoje], mas vamos aguardar o momento que o presidente Arthur Lira vai chegar a Brasília. Se der tempo, a gente conclui as conversas. E se eu tiver que ficar em Brasília para concluir o relatório, noite adentro, nós estaremos dispostos a fazê-lo”, disse Cajado após encontro com o vice-presidente Geraldo Alckmin.

O relator afirmou ter convicção de que Congresso dará “votação expressiva” ao projeto, porque “é muito melhor que o teto de gastos, que teve a sua época, teve o seu tempo, mas mostrou-se frágil nos momentos de crise”.
Indagado sobre a expectativa para o texto ser apreciado no plenário da Câmara, Cajado pontuou que o timing de votação cabe a Lira e aos líderes partidários.

“Estou concluindo o relatório. Ele ainda não está completamente finalizado. Espero que, com a chegada de Lira hoje, possamos ter essa data para poder disponibilizar o relatório”, destacou o relator.

A jornalistas, o deputado do PP disse que ainda há algumas questões que estão sendo consideradas, entre elas, “a graduação do enforcement”, e afirmou que espera concluir entendimentos nas próximas horas.

Há a expectativa de o relator se encontrar com parlamentares do PSD e do Republicanos ainda hoje para fechar o parecer que será apreciado pelo plenário da Casa.

Ao lado de Cajado, Alckmin exaltou o “bom trabalho” do relator, que, de acordo com o vice-presidente, tem escutado sugestões da sociedade, dos partidos e dos parlamentares.

“Projeto estabelece regras e é contracíclico. Estabelece teto e piso. Se crescer forte, tem um teto. Se crescer pouco, tem um piso”, disse Alckmin. “Proposta vai ajudar na política monetária e no câmbio e vai trazer segurança na política fiscal”, emendou.

Valor Econômico