Em SP, protesto contra Bolsonaro dá flores à PM
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Manifestantes contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), contra o racismo e o fascismo e a favor da democracia distribuíram flores para os policiais militares que acompanhavam o ato realizado na tarde deste domingo (7) no Largo da Batata, em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo.
A distribuição das flores foi feita por um grupo de estudantes dos colégios Vera Cruz, Bandeirantes e Santa Cruz. O gesto foi muito aplaudido pelos participantes do ato e, segundo um dos estudantes, foi inspirado na Revolução dos Cravos, em Portugal.
“É um gesto que simboliza um momento de união, pra mostrar que a gente não está querendo fazer conflito e baderna, como estão querendo pintar”, disse o estudante.
A manifestação no Largo da Batata começou por volta das 14h e terminou por volta de 16h30. Ela foi convocada por movimentos negros, torcidas organizadas dos quatro grandes clubes de São Paulo e por movimentos sociais integrantes da ‘Frente Povo Sem Medo’.
Além de cartazes contra Jair Bolsonaro, a manifestação lembrou o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos, e do menino João Pedro, que morreu após ser baleado durante uma operação conjunta das polícias Civil e Federal, em 18 de maio, na Praia da Luz, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Os manifestantes também lembraram o menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que morreu após cair do 9º andar de um prédio de luxo no Centro do Recife na última terça-feira (2).
Em analogia aos protestos nos Estados Unidos contra a morte de Floyd e de pessoas negras, os manifestantes em São Paulo reproduziram o protesto de joelho, que está sendo feito por vários atletas ao redor do mundo para lembrar as vítimas da polícia.