Cartunistas vão protestar em defesa de Aroeira e Noblat

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Foto: Reprodução/Observatório de Regionalismo

Após o Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro (sem partido) ter anunciado que pediu abertura de inquérito para investigar uma charge de autoria de Renato Aroeira que associa o presidente ao nazismo, chargistas e cartunistas brasileiros se uniram em defesa do colega.

A partir das 14h desta terça-feira (16) eles vão publicar conteúdo referente ao tema a partir de diferentes perspectivas em suas redes sociais. Eles consideram a postura do governo federal um ataque à liberdade de expressão.

 

Na ilustração há uma cruz vermelha, que remete a hospitais, cujas extremidades foram pintadas com tinta preta, formando a suástica. Bolsonaro aparece ao lado da pintura com uma lata de tinta e um pincel na mão. Na imagem, podemos ler as expressões “crime continuado” e “bora invadir outro?”.

André Mendonça, ministro da Justiça, também solicitou que o jornalista Ricardo Noblat, que compartilhou a charge, seja investigado. “O pedido de investigação leva em conta a lei que trata dos crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, em especial seu art. 26”, escreveu Mendonça em uma rede social.

O cartunista Carlos Latuff será um dos participantes do ato. Em novembro do ano passado, ele teve uma de suas obras retirada de exposição no Congresso e rasgada pelo deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP).

“Noblat e Aroeira merecem a minha total solidariedade”, diz.

“Primeiro, a organização de policiais de São Paulo ataca a Folha [uma entidade de policiais militares interpelou o jornal e quatro cartunistas por charges críticas à entidade]. Policiais de uma linha bolsonarista. Quatro chargistas da Folha, que tem sido alvo constante do Bolsonaro. O Aroeira trabalha para o site Brasil 247, mas só foi atacado porque o Noblat, de O Globo, outro desafeto de Bolsonaro, publicou. Na verdade, os chargistas servem também de bode expiatório de um ataque à imprensa”, afirma Latuff.

Folha